Às vezes à noite espero e ouço um grito na solidão, ´
na escuridão, no silêncio.
Um grito mudo de agitação, de revolta contida que...
talvez...
nunca possa ser resgatada...
talvez não possa ser sarada.
Dói mais do que posso sentir.
Estas farpas que me espetam, que me ferem.
Estas palavras amargas que me rasgam
sem razão...
com razão...
todas de uma vez.
Diz-me o que sou já que o que sei não conta...
Diz-me a face negra que um dia não soubeste ver em mim...
Diz-me e vê se me importo
porque o que sou, sou e sei que sou e nada mais conta.
3 comentários:
Como sempre, excepcional
Como me identifico com este texto.
Que o grito na escuridão se transforme numa gargalhada de luz.
Beijinho
Vieira MCM
Por onde andas que não escreves?...
Sente-se a tua ausência...
Beijinho,
Vasco
Enviar um comentário