quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Lost...



Just because I'm losing
Doesn't mean I'm lost
Doesn't mean I'll stop
Doesn't mean I will cross

Just because I'm hurting
Doesn't mean I'm hurt
Doesn't mean I didn't get what I deserve
No better and no worse

I just got lost
Every river that I've tried to cross
And every door I ever tried was locked
Ooh-Oh, And I'm just waiting till the shine wears off...

You might be a big fish
In a little pond
Doesn't mean you've won
'Cause along may come
A bigger one

And you'll be lost
Every river that you tried to cross
Every gun you ever held went off
Ooh-Oh, And I'm just waiting till the firing stops
Ooh-Oh, And I'm just waiting till the shine wears off
Ooh-Oh, And I'm just waiting till the shine wears off
Ooh-Oh, And I'm just waiting till the shine wears off

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

"I am the captain of my soul"


Invictus
por William Ernest Henley
Out of the night that covers me
Black as the pit from pole to pole
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.      
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed. 
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.   
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate
I am the captain of my soul.     

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

All This And Heaven Too


"And the heart is hard to translate
It has a language of its own
It talks and turns and courts sighs and present proclamations
In the grand days of great men and the smallest of gestures
And short shallow gasps

But with all my education I can’t seem to command it
And the words are all skipping and coming back all damaged
And I will put them back in poetry if I only knew how
I can’t seem to understand it
Rob from always on the run dot net is so bad and copy paste is a sin
And I would give all this and heaven too
I would give it all if only for a moment
That I could just understand the meaning of the word you see
‘Cause I’ve been scrawling it forever but it never makes sense to me at all

And it talks to me in tiptoes
And sings to me inside
It cries out in the darkest night and breaks in morning light

But with all my education I can’t seem to command it
And the words are all skipping and coming back all damaged
And I will put them back in poetry if I only knew how
I can’t seem to understand it

And I would give all this and heaven too
I would give it all if only for a moment
That I could just understand the meaning of the word you see
‘Cause I’ve been scrawling it forever but it never makes sense to me at all

And I would give all this and heaven too
I would give it all if only for a moment
That I could just understand the meaning of the word you see
‘Cause I’ve been scrawling it forever but it never makes sense to me at all

No, words are a language that doesn’t deserve such treatment
That all of my stumbling phrases never amounted to anything worth this feeling

All this heaven never could describe such a feeling as I’m here

Words were never so useful ‘til I was screaming out a language that I never knew existed before"

domingo, 14 de outubro de 2012

Estranho...


Há qualquer coisa de estranho
no meio de tudo isto
Perguntas-me o quê
Há qualquer irrealidade
nesta história
que nunca foi contada
que nunca será
Qualquer coisa de mágico
ou impossível
ou as duas coisas

Há qualquer coisa de estranho...

Uma história que passou
que não passa
que nunca passa

Há qualquer coisa de estranho.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Fugaz Urgência

O meu peito ruge num silêncio inquieto
de algo que está previsto
mas não acontece
que está para ser
mas não é
Uma expectativa ansiosa
Ouço as promessas que o vento
me traz e leva logo de seguida
Sinto o cheiro do futuro
mas fico presa a um presente
que nunca muda
Fecho os olhos
e vejo ao longe
o destino que me está reservado
e que eu quero que seja meu
hoje, ontem.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Pedro Paixão - Excerto



"Queria dizer-te uma coisa que nunca te disse. Mas nunca vem a propósito. Quando ficas em silêncio muito tempo apetece-me quebrá-lo e dizer-te assim sem mais. Mas então sou eu que tenho medo. De não conseguir dizer senão outra coisa, se bem que próxima, e que te conduza inevitavelmente ao engano. Então digo-te uma coisa qualquer para avaliar o teu estado de espírito e chego à conclusão que ainda não é tempo. Por vezes creio que já te disse sem querer, por outras palavras. Tu não ouviste ou não quiseste ouvir ou não achaste necessário prestar atenção, esforçaste-te a responder. Quando for preciso vai ser tarde demais. Sim, é isso. É uma coisa para te dizer depois, quando já não estiveres aqui ao meu lado para ouvires. Uma coisa do tipo: quando me quiseres eu já não vou estar aqui para te querer." 

Pedro Paixão

PS: Não é lindo?... estou até hoje para perceber porque nunca li nada deste senhor


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Só por querer


Acordo de noite
a saber que te quero.

Quero-te para hoje, para ontem
percorrem-me as vagas
de uma saudade incontrolável
inegável
impossível de ignorar
uma saudade de hoje
nunca de amanhã

Quero-te para apagar
esta dor que sinto
esta fraqueza que me assalta

Quero-te
como quem toma um banho
para limpar as impurezas
sem pensar que a água
corre turva pelo ralo

Quero-te sem te querer
sem te saber
Quero-te sem me importar
Quero-te só por querer.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Sem sabor


Acatar a tua decisão
é desistir da minha causa
É baixar os braços quando ainda
há tanta batalha para travar

É morrer na praia
sem chegar a sentir o sabor do mar

É morrer sem lutar, sem tentar

É viver na sombra do mais ou menos,
do assim assim,
do que podia ter sido mas não foi

A tua decisão é assim...
Sem suor, sem sabor

Ciclo Vicioso


Conheço tão bem este ciclo vicioso que és tu...
Esta constante inconstância
como o mar, como a lua
como o dia e a noite
que nunca são para sempre
Conheço a tua cadência...
o teu "vir para ficar"... mas só um pouco

E, roçando a incoerência...
Quando estás, estás realmente...
com tudo, em pleno,
e enches o mundo que,
naquele momento é só teu

Quando vais... bem, é quase como se nunca tivesses estado,
nunca tivesses vindo
quase como se nunca fosses voltar

Mas voltas... voltas sempre

terça-feira, 17 de julho de 2012

Só mais um...


"Olhar-se ao espelho e dizer-se deslumbrada: Como sou misteriosa. Sou tão delicada e forte. E a curva dos lábios manteve a inocência.
Não há homem ou mulher que por acaso não se tenha olhado ao espelho e se surpreendido consigo próprio. Por uma fração de segundo a gente se vê como a um objeto a ser olhado. A isto se chamaria talvez de narcisismo, mas eu chamaria de: alegria de ser. Alegria de encontrar na figura exterior os ecos da figura interna: ah, então é verdade que eu não me imaginei, eu existo."

Clarice Lispector

Simplesmente deliciada

"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo."


Clarice Lispector


Estou deliciada com os textos desta senhora... são tão... efectivos, tão reais.

Saudades - Clarice Lispector


"Saudades

Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...

Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...

Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...

Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...

Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!

Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!

Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!

Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!

Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,

Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência..."



Clarice Lispector

segunda-feira, 9 de julho de 2012

“Carta de despedida aos amigos” - Gabriel García Márquez



“Se por um instante Deus se esquecesse que sou uma marioneta de trapo e me oferecesse mais um pouco de vida, não diria tudo o que penso, mas pensaria tudo o que digo.
Daria valor às coisas não pelo que valem, mas pelo que significam.
Dormiria pouco, sonharia mais.
Entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos 60 segundos de luz.
Andaria quando os outros páram, acordaria quando os outros dormem.
Ouviria quando os outros falam e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate…
Se Deus me oferecesse um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto não apenas o meu corpo, mas também a minha alma.
Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre gelo e esperava que nascesse o sol.
Pintaria com um sonho de Van Gogh as estrelas de um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que oferecia à Lua.
Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas…
Meu Deus, se eu tivesse um pouco mais de vida, não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas.
Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado pelo Amor.
Aos Homens, provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar.
A uma criança dar-lhe-ia asas, mas teria de aprender a voar sozinha.
Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento.
Tantas coisas aprendi com vocês Homens…
Aprendi que todo o mundo quer viver em cima de uma montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta.
Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão, pela 1ª vez, o dedo de seu pai, o tem agarrado para sempre.
Aprendi que um Homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se.
São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas não me hão-de servir realmente de muito, porque quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer…”
Gabriel García Márquez
E como se cada
precioso momento
estivesse cheio
pela sombra
de quem nunca,
sequer me viu.
Tal é a espada
cravada nas minhas costas
e me deixa zonza
na loucura do momento
Perdida em mim mesma
neste poço de mágoa e escuridão
que sou eu.
Nos olhos sinto
o cansaço da alma
e a dolorosa sensação
de inutilidade permanente.
Vejo então,
agora no corpo,
as marcas até aqui
dissimuladas em sorrisos 

quarta-feira, 4 de julho de 2012




Aquela sensação de murro no estômago 
o aperto no peito
as lágrimas que tardam em chegar
mas chegam sempre.
Estás fora
tão fora de ti mesmo que chega a doer
fora do teu lugar
fora de onde queres estar
simplesmente fora.
"Como raio cheguei aqui?
Como raio cheguei aqui? outra vez..."
Os olhos procuram desesperadamente uma solução
sem nada ver
sem nada haver para ver.
A angústia enche-te o peito 
como se nada mais houvesse
e nada mais há
naquele momento nada mais há.